A CIDADANIA E O BUSINESS CASE: um artigo de Luís Antunes, sócio-fundador da AMBA e ex-presidente da AMBA e do Board dos Alumni do The Lisbon MBA, duas Associações PASC.

Luis AntunesPorque é que a Alumni do The Lisbon MBA e a AMBA que são associações de antigos alunos de MBA, ligadas a escolas de renome mundial como o The Lisbon MBA, a Católica-Lisbon, a Nova SBE e o americano MIT aderem a um projeto como o da PASC – Casa da Cidadania?

Afinal, qual é o business case?

Vamos por partes: business case é um jargão anglo-saxónico que nos é muito caro e, em linguagem simples, significa apenas qual o motivo, o que se ganha ao empreender-se determinado projeto ou tarefa.

E a pergunta faz todo o sentido, porque ninguém dá nada sem esperar algum tipo de retorno, sobretudo nós que temos por missão gerir recursos que não são, normalmente, nossos.

O outro lado da equação tem a ver com a palavra ou conceito Cidadania: honestamente, eu não a sei definir, mas se a vir, reconheço-a! Como já escrevi em livro:

“A cidadania tem múltiplas dimensões, nomeadamente política, económica, sociológica, ambiental e cultural e não é apenas uma resposta operativa às circunstâncias da nossa vida em sociedade, é, antes, ter-se uma visão estratégica para o futuro…”

Esta visão estratégica para o futuro das sociedades remete-nos para a questão da Responsabilidade Social Empresarial, sobre a qual também escrevi:

“A RSE tem a ver com a relação que as empresas devem ter com as questões da sustentabilidade planetária, das populações com que interagem e do valor social da criação da mais valia… mas só existirá esta responsabilização empresarial se existir, na sociedade, a clara noção da responsabilidade individual. Ou seja, cidadania não é só um direito de todos nós, mas é também um dever, porque o seu exercício é de poder e, associado a ele, vem sempre o conceito da responsabilidade.”

E aqui convergimos com gurus da Gestão como Michael Porter, Edward Freeman, Henry Mintzberg, ou da Economia como Ernâni Lopes ao afirmarmos que o novo paradigma é:

O que é bom para a Sociedade é bom para a Empresa e não o seu contrário.

Acrescentaria ainda a minha própria definição do que é ser-se um MBA:

“Como MBAs, o nosso propósito é servir o bem comum, juntando pessoas e recursos para criar valor, de um modo tal que nenhum indivíduo, isoladamente, o possa criar.”

Assim, criar prosperidade económica, social e ambiental para as sociedades onde os MBAs estão inseridos faz parte do seu código deontológico e este requer que a sua atuação seja conforme aos usos e costumes locais e à avocação de mais-valia para a sociedade. Concluindo o meu business case: criar mais-valia, ter uma visão estratégica para o futuro do nosso país, ter responsabilidade individual e coletiva, trabalhar com a sociedade partilhando valor e competências nada mais é do que exercer a missão do MBA. Perceba-se agora o teor de um parágrafo do pedido de adesão à PASC da Alumni do The Lisbon MBA feito em Abril de 2013 pelo respetivo Board a que presidia:

“Dado que os objetivos e as atividades desenvolvidas pela PASC se coadunam com os nossos objetivos de criação de valor partilhado com a sociedade portuguesa, pensamos que será do interesse comum a colaboração com essa plataforma.”

I rest my case.

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