PORTUGAL NA OLIMPÍADA INTERNACIONAL DE INFORMÁTICA: uma participação conduzida pela APDSI, uma Associação PASC – Casa da Cidadania.

21-07-15 ioi2015logoParte neste Sábado, dia 25 de Julho de 2015, pelas 15h45m, do aeroporto de Lisboa, a equipa portuguesa para a Olimpíada Internacional de Informática que se realiza em Almaty, no Cazaquistão, de 26 de Julho a 2 de Agosto de 2015. Portugal é, novamente, um dos países participantes, com uma delegação formada por quatro estudantes e um professor.

A equipa portuguesa para o concurso em Almaty é formada pelos estudantes Gonçalo Paredes (11.º ano da Escola Secundária Avelar Brotero, em Coimbra), José Correia (12.º ano da Escola Secundária da Amadora), João Lago, (12.º ano do Colégio Internato dos Carvalhos, em Vila Nova de Gaia) e Fábio Colaço (12.º ano do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa).

Estes quatro concorrentes foram os primeiros classificados na final das Olimpíadas Nacionais de Informática: ONI’2015, que decorreram no passado dia 23 de Maio, nas instalações do Departamento de Ciência de Computadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

A Olimpíada Internacional de Informática é uma das doze olimpíadas de ciência, destinadas a estudantes do ensino secundário de todo o mundo. As outras são as olimpíadas da Matemática, da Física, da Química, da Biologia, da Filosofia, da Astronomia, da Geografia, da Linguística, da Ciência Júnior, das Astronomia e Astrofísica e da Ciência da Terra.

O objetivo principal da IOI é estimular o interesse dos jovens pela informática e pelas tecnologias da informação. Os vencedores da IOI, em cada ano, são estudantes excecionais e pertencem ao grupo dos melhores jovens cientistas mundiais no domínio da Informática.

Desde 2005 é a APDSI que conduz a participação portuguesa na Olimpíada Internacional de Informática. Foi também a APDSI que organizou este ano, as Olimpíadas Nacionais de Informática.

As ONI são uma prova nacional análoga à IOI, com os mesmos objetivos, e servem também para escolher os representantes portugueses à IOI.

As Olimpíadas Nacionais da Informática contam com o patrocínio da EDP, da Fundação Calouste Gulbenkian, do IEFP e da Pathena.

AS TIC E A SAÚDE NO PORTUGAL DE HOJE: conferência da APDSI, uma Associação PASC – Casa da Cidadania · Auditório do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa · 18 de Março de 2015, das 9h às 18h.

apdsi

2ª CONFERÊNCIA INTERNET, NEGÓCIOS E REDES SOCIAIS – FINANCIAR, INOVAR E EMPREENDER: um evento da APDSI.

 

A apdSI – Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, uma das Associações da PASC – Plataforma Activa da Sociedade Civil – que actualmente integra 38 Associações – vai levar a cabo o seguinte evento, para o qual apelamos às participação e divulgação.

INTEROPERABILIDADE NA SAÚDE – ONDE ESTAMOS?: Apresentação Pública do Estudo, um evento da APDSI.

 

A apdSI – Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, uma das Associações da PASC – Plataforma Activa da Sociedade Civil – que actualmente integra 38 Associações – vai levar a cabo o seguinte evento, para o qual apelamos às participação e divulgação.

HELP DESK, UMA OPÇÃO PARA QUE UM DESEMPREGADO SÉNIOR COMECE UMA CARREIRA NAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO: um artigo de Rui Martins.

por Rui Martins (Este texto representa apenas o ponto de vista do autor, não da PASC, nem das associações que a compõem).

Rui_Martins

Uma opção disponível a quem tenha já mais de 45 anos e tenciona entrar com essa idade numa posição ligada às Tecnologias de Informação é de começar pelo princípio… isto é, por uma função de Help Desk e, depois, a partir daí, ir crescendo ou eventualmente manter-se nesse tipo de tarefas. É certo que a maioria dos juniores das áreas de Help Desk são jovens, mas o tipo de conhecimentos de informática exigidos neste tipo de funções não exige uma formação superior, bastando algum bom senso e conhecimentos básicos de hardware e software, que não são difíceis de adquirir com algum tempo (que sobra, teoricamente, aos desempregados seniores) e paciência (que pode já não haver em grande quantidade…).

Quem se abalançar numa função de Help Desk não deve nunca deixar de manter atualizados os seus conhecimentos. E antes de responder ao primeiro anúncio, há que ter em conta que muitas organizações hoje em dia já realizam pequenos testes para aferirem o grau de conhecimentos informáticos dos novos colaboradores… Para começar uma carreira nesta área, o interessado deve inscrever-se num dos vários cursos profissionalizantes disponíveis hoje no mercado e, se possível, num de atendimento telefónico ou presencial… Se possível obtenha uma Certificação Microsoft.

Após ser recrutado, o novo colaborador deve manter uma posição de humildade constante… aprendendo o máximo com os colegas e registando cuidadosamente toda a informação apreendida deles, por forma a evitar colocar as mesmas perguntas mais que uma vez.

A grande vantagem de trabalhar em Help Desk é que essa função existe em todas as organizações, independentemente da sua escala, seja em insourcing, seja em outsourcing e, portanto, esses conhecimentos não serão específicos da organização onde são desenvolvidos – como sucede com tantas funções de nicho – mas aplicáveis em praticamente todas as organizações, públicas ou privadas, da sociedade.

Além dos conhecimentos de informática, um técnico de Help Desk deve ter também ser comunicativo e aberto (idealmente, ter formação na área de atendimento), e dominar a língua inglesa. Em termos de caraterísticas pessoais, a paciência é fundamental, especialmente ao lidar com utilizadores mais nervosos!

PORTUGAL PRECISA DE UM VERDADEIRO PLANO NACIONAL PARA A INFORMÁTICA: um artigo de Rui Martins.

por Rui Martins (Este texto representa apenas o ponto de vista do autor, não da PASC, nem das associações que a compõem).

Rui_Martins

Portugal é um dos poucos países do mundo desenvolvido onde grande parte dos estudantes do primeiro ciclo possuem um computador pessoal portátil (o Magalhães). As virtualidades que daí advêem são tremendas, mas fica a sensação desagradável (como se de uma comichão se tratasse) de que essa ferramenta não só não está a ser explorada em toda a plenitude das suas potencialidades, como está, pior, a ser mal usada.

Portugal tem hoje entre as suas mais dinâmicas e saudáveis empresas exportadoras algumas empresas de Tecnologias de Informação. Em termos globais, o setor das Tecnologias de Informação e das Comunicações tem uma importância cada vez maior, mas fica a sensação de que o país não está a crescer tanto neste setor como podia. Apesar do crescimento aparentemente descontrolado dos números do desemprego, há muitas vagas por preencher no setor das Tecnologias de Informação, e sendo certo que esse desafasamento deve muito aos salários que se pretendem atribuir, existe também um nítido fenómeno de insuficiência universitária em fornecer a quantidade necessária de licenciados nesta área vital para o desenvolvimento do país.

Portugal precisa de um verdadeiro Plano Nacional para a Informática que abranja todos os graus de ensino, desde o básico até ao universitário, sem esquecer o secundário. É preciso que os Magalhães e demais laptops fornecidos a preços reduzidos sejam efetivamente usados como verdadeiros computadores que são e não como “máquinas estúpidas” que pouco mais fazem que correr jogos, chats e Facebook.

Este Plano Nacional de Informatica deve:

  1. No Básico, promover a utilização de software aberto; novas releases do Magalhães (hoje suspensas) devem incluir apenas sistemas operativos abertos, como o português Caixa Mágica, baseado em Linux. As distribuições não podem incorporar por defeito aplicações de chat, jogos ou outras distrações. As editoras devem trabalhar em conjunto numa plataforma que preserve os direitos autorais, que possibilite a total virtualização dos manuais escolares, poupando em custos de impressão, distribuição e armazenamento, reduzindo a pegada de carbono do país. Noções básicas de programação devem ser ensinadas às crianças, desenvolvendo nos meios universitários (se necessário) uma nova linguagem de programacao adequada a esse fim.
  2. As limitações quanto ao uso de chats e jogos nestes computadores de meio escolar devem manter-se, assim como a utilização exclusiva de software aberto no nível Secundário de ensino. Os objetivos da utilização da informática neste nível devem ser, naturalmente, mais ambiciosos, passando pela produção de conteúdos originais (por exemplo para a Wikipedia portuguesa), e sobretudo pelo desenvolvimento de competências de programação que levem à produção de aplicações que corram em diversas plataformas, como o Android, o iPhone, ou em webservers e computadores desktop.
  3. Nos níveis mais elevados de ensino (licenciaturas, mestrados e doutoramentos) devem manter-se as mesmas lógicas dos níveis anteriores (foco no Código Aberto e nas competências de programação, incorporando métricas de sucesso (número anual de novos licenciados, de novas empresas de Tecnologias de Informação, de exportações e emprego gerado neste setor), recebendo as universidades públicas incentivos financeiros em função do sucesso obtido em cada uma dessas métricas.

Como caso de estudo neste Plano Nacional para a Informática, Portugal deve estudar o sucesso israelita, país de dimensão demográfica e económica comparável e que deve o seu sucesso atual nessa área a um plano idêntico desenvolvido nesse país do Médio Oriente na década de noventa. Em particular, a transformação da disciplina de Informática em obrigatória, ao lado da Matemática e do Português, deve ser ponderada, assim como um aumento exponencial da exigência dos programas, nomeadamente ao nível das competencias de programação e redes.