por Jorge Marques (Este texto representa apenas o ponto de vista do autor, não da PASC, nem das associações que a compõem).
Várias têm sido as chamadas de atenção para estes riscos, para a confusão e excesso de proximidades entre os poderes executivo e legislativo, que ainda por cima são eleitos na mesmíssima eleição.
No limite, tal como se verifica, são eles mesmos que estabelecem o nível da sua própria ética, dos seus comportamentos e acções, deixando o país sem qualquer referência moral.
Parece que os nossos governantes e políticos em geral, confundem o limite mínimo com o limite máximo da ética.
A lei nunca é um fim em si mesmo, é sempre e apenas um princípio, mesmo para a gente comum.
Não se confunda, por isso, nem comportamentos, nem acções, nem reformas estruturais, com a publicação de um texto legislativo. Se for só isso, tudo ficará na mesma, nada acontece. A menos que a fabricação das leis seja feita para legitimar o que o não deveria ser legítimo.
Não… a ética não é um repositório de textos com intenções legais, é sobretudo o exercicio prático de acções e comportamentos visíveis e reconhecidos por aqueles a quem se dirigem!