por Jorge Marques (Este texto representa apenas o ponto de vista do autor, não da PASC, nem das associações que a compõem).
Mas após esta manifestação, logo vieram os arautos do bom senso dizer que se tratava de movimentos inorgânicos, perigosos para a democracia. Resultado, tratou-se de emendar a mão rapidamente e logo apareceram outras manifestações agora já organizadas, já orgânicas, a que outras se seguirão. Apareceram as moções de censura, as declarações e outras indignações, agora já devidamente arrumadas e dentro da lógica do bom senso. Apareceram de novo os analistas e comentadores, que salvo raras excepções, não comentaram a dita manifestação, ou porque não a perceberam ou porque não se quiseram comprometer.
E os movimentos organizados da Sociedade Civil o que fizeram ou disseram?
Também não estavam á espera daquela fúria dos cidadãos e ficaram sem reacção, sem resposta. Mas deveriam estar preparados, porque supostamente estão junto dos cidadãos, são cidadãos e deveriam ter sentido o seu próprio pulsar?
Portugal sofre neste momento de vários males e, de facto, eles não estão todos do mesmo lado, estão repartidos entre o sistema económico, politico, social. Esperava-se que nestes disfuncionamentos houvesse uma Sociedade Civil que pudesse marcar um ritmo, acrescentasse valor e acção, mas sobretudo que trouxesse inovação aos já tão gastos rituais da política. Que se apresentasse de forma e conteúdo diferente e consonante com os sinais do futuro. Mas tal ainda não está a acontecer, porque mais do que palavras, o tempo é de acção, é preciso que a sociedade valorize os que fazem, os que agem e não continue amarrada aos velhos estatutos sociais e títulos académicos cujos titulares, como temos vindo a constatar, só dizem e fazem asneiras. A Sociedade Civil não pode ficar amarrada a esse tipo de preconceito, as suas elites não podem ficar silenciosas de forma comprometedora com tudo o que se está a passar ou provavelmente teremos que gerar outro tipo de elites, novas e completamente diferentes.
Neste choque de culturas e de gerações, as próprias Organizações da Sociedade Civil tem que reflectir sobre si mesmas, sobre o seu novo papel e aprender com a liberdade daquilo a que chamamos movimentos inorgânicos.
É que do passado temos muito pouco a aproveitar!
O futuro da REPÚBLICA DE PORTUGAL, Passa por por uma estrutura verdadeira da República Federal;Composto por um Presidente,Um Sendo, Governador Regional,incluindo Açores e Madeira.
Esta é a minha visão para o Portugal no futuro,e assim também um Estado Europeu Federal.
O cidadão anónimo.
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