Maria Perpétua Rocha (Este texto representa apenas o ponto de vista do autor, não da PASC, nem das associações que a compõem).
Fotografia originalmente em http://www.tvi24.iol.pt/fotos/sociedade/1/332715 (Lusa) |
Foi hoje a enterrar mais um jovem Bombeiro Voluntário, o sexto que faleceu nesta época de fogos florestais. Outros travam ainda a luta pela vida em vários hospitais do País.
- Justifica-se, em pleno século XXI, ano após ano, vivermos este cenário de destruição em Portugal?
- Justifica-se, em pleno século XXI, a perda de vidas pela floresta?
- Quem assume a responsabilidade pela ausência de políticas eficazes de prevenção dos incêndios em Portugal?
- Quem assume a responsabilidade pela ausência do ordenamento florestal?
- Quem assume a responsabilidade pela ausência da limpeza florestal?
- Quem assume a responsabilidade pela não rentabilização dos produtos resultantes da limpeza da floresta?
- Quem assume a responsabilidade pelo impacto ambiental resultante dos incêndios?
- Quem assume a responsabilidade pelo impacto que os incêndios provocam em múltiplos sectores da economia, do turismo ao sector agro–alimentar?
- Quem assume a responsabilidade pelo impacto orçamental do diferencial entre os custos com o combate aos fogos e aquele que resultaria de um investimento adequado na prevenção?
- Quem assume a responsabilidade pelas vidas que se perdem e pelas que ficam destroçadas pela dor?
Terminamos com uma palavra de reconhecimento e de agradecimento.
Os Bombeiros Voluntários, cujo lema é “Vida por Vida”, não assumem este compromisso por interesse mas por devoção e dedicação a uma causa que os ultrapassa.
A nobreza deste compromisso tem que ser reconhecida e objecto de profunda gratidão por parte de todos nós, Cidadãos Portugueses.